sábado, 15 de julho de 2017

Pisca Pisca

Os piscas são essas luzinhas que a maioria dos modelos automóveis dispõe na parte frontal, lateral e traseira, à esquerda e à direita. Emitem um sinal luminoso intermitente – daí o seu nome, creio – que indica aos restantes usuários da via as intenções do condutor de realizar um movimento para a esquerda ou para a direita.
Apesar da crença de muitos condutores, o pisca não se activa automaticamente ao girar o volante para um lado ou para o outro. É necessário dar-lhe a ordem correspondente para accioná-lo, geralmente através de uma alavanca localizada ao lado do volante.
E quando disse que creio que o nome de pisca vem do sinal luminoso intermitente que emite, não tenho a certeza se realmente assim é, ou se o nome vem do uso intermitente que se faz do mesmo: “agora uso-o, agora não uso, esse usa, este nem sabe onde tem de carregar para o ligar…”
Existem diversas tipologias de condutores em função do uso do pisca. Os que o ligam aproveitando que já estão a virar o volante, a mão passa necessariamente na alavanca do mesmo e aproveitam o movimento para o accionar. De fora, correspondem aos veículos que mudam de faixa, por exemplo, e não sinalizam até que estejam já com duas rodas na tua faixa. Depois há aqueles que acreditam que é melhor colocar o braço de fora da janela e fazer uma espécie de sinal para indicar ao de trás “vou virar”.
Outros, muito perigosos, são os que usam o pisca como indicador de “trava, afasta-te ou faz o que quiseres, porque eu pus o pisca e já não preciso se quer de olhar pelo retrovisor”. Se te ocorrer buzinar a um deste tipo, tem cuidado. Têm sempre razão, porque puseram o pisca. Mas os mais “fixes” são aqueles que não usam o pisca nem a pedido da Inspecção Periódica Obrigatória. Estes carros, mudam de faixa, param um pouco para deixar passar alguém, estacionam, sem se importarem que os outros condutores possam pensar que não vão realizar aquela manobra.
Vou dar a minha opinião sobre o uso do pisca. Sempre o considerei como um elemento indispensável de sinalização de movimentos, e vejo o seu uso como absolutamente necessário para compatibilizar o tráfego de motociclos, carros, bicicletas e peões. Em primeira instância, usa-se o pisca para indicar que queremos virar, mudar de faixa, ou o que for. De seguida, observa-se se é possível realizar a manobra, e por fim, executámo-la.
Mas, o pisca, uso-o, essencialmente para que os outros usuários vejam o que quero fazer, e, das duas uma, permitam-me fazê-lo (reduzindo a velocidade, por exemplo, se for uma mudança de faixa), ou me alertem que não o posso fazer (buzinando-me, se passar uma moto no ângulo morto do meu retrovisor, por exemplo). É “falar” com o resto dos condutores. É dizer-lhes “Quero fazer isto”. Mas antes de fazer a manobra, um par de segundos de pisca ligado não fazem nada mal… Se todos “falássemos” ao volante, com certeza que haveria menos acidentes totalmente evitáveis.

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